sábado, 21 de março de 2009

In Memoriam

Era uma vez, diz a mãe ao filho,
Em jeito de conto prometido.
Embalado no seu regaço, ouvia com brilho,
A vida de um homem desconhecido

Era uma vez, sussurava com ternura,
A música de um amor ancestral.
Mas o conto era seiva que perdura,
No âmago do menino paternal.

Era uma vez, acarinhava com firmeza,
E o menino ouvia-a encantado,
Sobre o Homem que a memória apagou.

Que grandioso legado, afirmou com certeza:
A honra do nome do pai conquistado,
Lacrado no último beijo que lhe deixou.

4 comentários:

  1. Gosto quando escreves com alma. Gosto do final. Gosto da ideia. Gosto do "conto prometido". E da "honra do nome". E do "lacrado no último beijo que lhe deixou".
    Quase uma lágrima.

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  2. gostava que me tivessem contado mais histórias na escola, devia começar aí o processo de enlouquecimento saudável das crianças.

    beinvenido ()

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  3. Fico à espera dos contos em forma própria...
    Iguais ou melhores que este.
    Um abraço

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  4. Finalmente fui ao gmail e qual nao foi o meu espanto, a sugestão de um novo blog! :) gosto muito da forma como escreves, já sabes! beijinhos

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