Deitei à terra a última semente.
Era preciso comer a carestia.
O mundo desejou ser crente,
Porque Deus não aparecia.
Reguei a flor, cuidei do bago.
Cerquei a vinha de tod` agrura.
Senti na boca um sabor amargo:
Morres-me, pouco ou nada perdura.
Chegou o dia, a festa da colheita.
O Homem desacreditado louvou:
"Bendito seja o Senhor que a criou".
Ao longe, curava esta doce maleita:
Árduo o trabalho de cultivar,
Simples o processo de desavinhar.
sexta-feira, 27 de março de 2009
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ja percebi a hesitação, passado algum tempo fujo do blogue, é escuridão a mais, prefiro a moda primavera/verão à do outono/inverno.
ResponderEliminarem todo o caso Deus foi de férias, e os teus poemas convencem